Provas da degradação da música

Por várias vezes temos referido que a música comercial -- e a arte -- chegou a um ponto de degradação estonteante, com video clips cheios de simbologia dos cultos da elite.

É um assunto do nosso agrado que nos permite criar pausas também no decurso das investigações geo-políticas..

Desejamos aqui colocar mais uma dessas evidências. A banda "Wallace Collection" (AQUI) que logo por sinal tinha na sua formação um violino e um violoncelo ambos com formação erudita e membros da Belgian National Philharmonic Orchestra,

O seu maior sucesso foi provavelmente Daydream que é citado também na Serenade alvo deste post.

Serenade:

https://www.youtube.com/watch?v=dvUYvhG2FBI

Daydream

https://www.youtube.com/watch?v=Y9I_p8K6ZPg

A estrutura musical do início de "Serenade" constitui o foco da nossa análise e tese. O estilo Barroco é óbvio e embora possa ser classificado de pastiche a verdade é que . . .  um grupo de música popular em 1970 colocou música erudita de estilo barroco num dos seus trabalhos supostamente com fins comerciais.


Mesmo o estilo mais simples do resto da peça -- ou de Daydream -- revelam que os músicos pelo menos do ponto de vista da harmonia tonal sabiam o que estavam a fazer.

Até  aos anos 70 a figura do arranjador/compositor/orquestrador de música ligeira existiu, foi bem pago e com grandes carreiras em Holywwod, cujas peças são elas também inúmeras provas de que a música popular de então para cá se DEGRADOU.

A título de exemplo citamos apenas "April in Paris" ue se tornou depois um dos clássicos o Jazz, como aliás a maioria das canções dos musicais.
Estávamos em 1952

https://www.youtube.com/watch?v=iVmoRzF-XGI

A qualidade do arranjo, da orquestração, das harmonias, da voz, da expressividade global, levam-nos também a suspeitar que de lá até aos anos de 1970 também houve a promoção de músicas de categorias inferiores a fim de desestimular as capacidades artísticas de uma população crescente e que se desejava acéfala.

Porém em 1970 explodiu o Rock Sinfónico e Progressivo . . . assunto que dava para muitos posts e também ele prova a exixtência de um novo apogeu na música ligeira até cerca de 1977/78, altura em que subitamente vindo a partir do nada surge o movimento punk e o disco sound a destruirem de modo consistnte e desde então de modo bastante definitivo o gosto musical dos "comedores inúteis" . .  termo com  que e como a elite nos chama.

Mas voltando a uma banda mais inócua como os Wallace Collection que não chegou á complexidade dos Yes, Genesis ou Gentle Giant para só citar alguns. O seu nome é também interessante pois refere-se a uma museu de pintura em Londres AQUI.

Tal contrasta com os nomes -- e as simbologias -- surgidas após os anos 80 e que revelam uma maior conexão com temas como a morte ou com a violência. 

Finalmente faltam os intelectuais que deram oseu contributo para o processo de degradação da arte: a Escola de Frankfurt. Intelectuais de facto inteligentes mas cujo objectivo era promover a revolução Marxista -- profundamente ligada `Nova Ordem Mundial -- e para tal era necessário destruir a cultura ocidental, a família, desautorizar os professores, promover emigração em massa,  o racismo e todas as formas de conlito social -- o femininismo é uma das suas consequências  -- a degradação do ensino dos media . . .  a relativização do conhecimento e da crítica. Isto é não se pode conhecer os factos históricos como eles foram na realidade, ou provar que há arte de melhor ou pior qualidade.

Se em relação à história até podemos concordar, o mesmo não acontece com a não possibilidade de aferir a qualidade de uma obra de arte. Dogma este ainda hoje muito seguido nas Universidades. Uma das soluções para quebrar este, é destruir a compartimentalizção. Exemplo: cientistas apercebem-se que as grandes e as melhores teorias científicas têm beleza. Temos assim juntas a ciência e a arte. Por outro lado artistas como nós começam a chegar à conclusão que a arte sem ética torna-se vazia, sem propósito excepto talvez o da promoção pela promoção do artista.

Só para esclarecer a música abstracta é em nosso entender ética. A música pimba, a música que promove engenharia social e a degradação de valores, e outros "músicas" desse calibre não o saõ.Temos assim que muitos artistas começam a juntar a arte e a ética. Tal não permite a relativização total da qualidade da ate.

A relativização de tudo permite que se faça tudo. O surgimento da shit art - já desde Piero Manzoni AQUI-- arte feita com excrementos AQUI-- e de outras onde a morte a doença e a disformidade como o do artista que faz esculturas de "Bebés mortos" torna-se por isso normal . . natural. Belo provavelmente aos olhos de Adorno que de resto não teve dó nem piedade ao criticar violentamente grandes músicas como o Jazz.


ACTUALIZAÇÃO: Depois do post já feito ocorreu-nos que a indústria  de Holywood tem um aspecto positivo, que é o de promover dissonâncias nos seus filmes de terror e de suspense. Na verdade são das únicas músicas feitas com dissonâncias que milhões de pessoas em todo o mundo ouvem durante toda a sua vida.  Tem o lado negativo de as condicionar  a associar dissonâncias a esse tipo de situações da vida real, e a serem incapazes de as ouvir como fenómeno acústico em abstracto.

Por outro lado se Holywood não tivesse sido a gigantesca máquina de propaganda em que se tornou, tlvez pudesse ter promovido a grande música de investigação. Compositores cuja produção tem já um século, como Schonberg, Berg, Varèse e Bartok só para cirtar alguns, permanecem ignorados do grande público.