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terça-feira, 18 de junho de 2019

A música pop como processo de engenharia social para a destruição do ensino

Sendo o autor deste blogue músico de formação, não pode ficar indiferente ao modo como a sua arte foi usada para manipular as pessoas. Processo que sempre aconteceu ao longo da história. As elites sempre contrataram os artistas a fim de propagandearam através da sua arte, os valores e crenças da sociedade que aquelas desejavam, construir.

De seguida analisamos três canções da música pop/rock, que acompanharam a juventude deste bloguista,  e que em todo o mundo ocidental contribuíram para a desautorização dos professores. A música sobretudo a pop sempre teve o controle dos engenheiros sociais e sobre essa matéria também temos publicações. AQUI



O nosso primeiro exemplo é "School's out" de Alice Cooper- autor que encarna já um personagem andrógino, percursor de artistas igualmente andróginos como David Bowie, que prepararam a sociedade para a política de género actualmente em curso, promovida pelo marxismo cultural. 
A letra é obviamente insultuosa para os professores e exalta os alunos na sua liberdade, ignorância e irreverência.
A canção saiu no Verão de 1972

"School's out" - Fora da escola


"Well we got no choice"- Nós [alunos] não temos alternativa

"All the girls and boys" - todos os meninos e meninas

"Makin' all that noise" . fazendo todo este barulho

"Cause they found new toys" - porque eles [professores] encontraram novos brinquedos.

[O nível de manipulação e aviltamento dos professores é aqui muito óbvio]


"Well we can't salute"  - Não te saudamos

"ya can't find a flag" - não consegues encontrar uma bandeira

"If that don't suit ya"  - se isso não te serve

"that's a drag" - estás a ser arrastado/a


"School's out for summer" - Fora da escola para o Verão

"School's out forever" - Fora da escola para sempre

"School's been blown to pieces" - A escola rebentou em pedaços


"No more pencils" - Não mais lápis

"No more books" - não mais livros
"No more teacher's dirty looks" - não mais os olhares sujos dos professores


A seguinte estrofe, abaixo,  pode ter duas interpretações;
1) O auto-elogio à indisciplina falta de maneiras e mesmo ignorância (nem sequer conseguimos encontrar palavras que rimem) por parte dos alunos
2) Uma queixa que os alunos fazem, sobre o que pensam deles os professores.

Se a primeira interpretação será mais grave que a segunda, em qualquer dos casos estamos perante uma relação desestruturada e sem propostas de saída.


"Well we got no class" - Não temos classe 

[aqui parece ser em relação a classe no sentido de algo distinto, apreciável e amável]


"And we got no principals" - E não temos directores

Outra tradução alternativa, que parece mais  de acordo com a estrofe,  seria:

"And we got no principles" - e não temos princípios


"And we got no innocence" - E não temos inocência
"We can't even think of a word that rhymes - Nem conseguimos pensar numa palavra que rime.


Próximo do final esta mensagem é reforçada com:


"Out for summer" - Fora para o Verão

"Out till fall" - Fora até ao Outono

"We might not go back at all" - Podemos até nem sequer regressar.






"School" dos Supertramp uma banda de rock progressivo dos anos 70, faz parte do album "Crime of the century" que saiu em Setembro de 1974. Esta banda até produziu várias canções  com alguma qualidade e sofisticação dentro do estilo do rock progressivo/sinfónico. E as suas letras até são de modo geral interessantes reflectido por vezes critica social e as dúvidas existencias. Aliás o tema "Crime of the century" o último do album, refere justamente que "Eles" estão a preparar o crime do século. Enfim seria tema para outro artigo.

"School" - Esccla,  é todavia um tema que  demoniza e ridiculariza obviamente a profissão de professor.
Traduzimos os versos mais representativos da mensagem.:

"Teacher tells you stop your play and get on with your work" :
Os professores dizem-te para parar de brincar e continuar o teu trabalho.


"They tell you not to hang around and learn what life's about"
Dizem-te [os professores] para não andares por aí e aprender sobre o que é a vida.

"And grow up just like them"
E crescer apenas como eles.
 [A promoção do miúdo vadio e rufia e a desqualificação da sabedoria do professor são acima do nível subliminar aqui]


"Don't do this and don't do that":
Não faças isto, não faças aquilo

"What are they trying to do?":
O que é que eles [professores] estão a tentar fazer

"Make a good boy of you"
Fazer de ti um bom rapaz (sarcasmo óbvio)

"Do they know where it's at?"
Sabem eles onde isso está?

"Don't criticize, they're old and wise"
Não critiques, eles são velhos e sábios.

"Do as they tell you to"
Faz como eles te dizem.

"Don't let the devil to"
Não deixes o diabo

"Come and put out at your eyes"
Vir e atormentar-se à tua frente


"Maybe I'm mistaken expecting you to fight"
Talvez eu esteja enganado esperando que lutes
[exortação à rebeldia]

"Or maybe I'm just crazy, I don't know wrong from right"
Ou talvez eu seja louco e já não sei o certo do errado
[amenização após apelo à luta]

"But while I am still living, I've just got this to say"
Mas enquanto viver apenas tenho isto para dizer


"It's always up to you if you wanna be that"
É sempre contigo se queres ser

"Wanna see that, wanna see it that way"
Se queres ver, se queres ver desse modo



ou em alternativa use este link para escutar e ver a letra da canção:
https://www.youtube.com/watch?v=xeBA39_EfCI

O último dos temas que analisamos é igualmente de outra banda de Rock progressivo/Sinfónico.
O album chama-se "The Wall" (O Muro) e saiu em Novembro de 1979.  Terá sido inspirado na existência do muro de Berlim durante a chamada Guerra Fria. Os Pink Floyd foram até uma banda interventiva tendo feito o album "Animals" inspirado na obra "Animal Farm" traduzido em Português como "A quinta dos animais" de George Orwell. Este era uma crítica severa sobre o regime comunista da antiga União Soviética.

Em "Another brick in the wall" a banda usa os problemas que sempre existiram no ensino, como professores autoritários e/ou sarcásticos para fazer uma autêntica crucificação dos professores, levando todos por tabela.


"Another brick in the wall" - Mais um tijolo no muro

"We we grew up" - Quando crescemos
"and wen to school"- e fomos para a escola
"there were certain teachers" - haviam lá certos professores
"who would hurt the children" - que magoavam as crianças
"anyway they could" - de qualquer modo que pudessem

[note-se que o texto começa com CERTOS professores. Infelizmente o resto da canção resulta num
 processo de generalização nefasto para o estatuto social do professor]

"By pouring their derision" -derramando escárnio
"upon anything we did" - sobre tudo o que fazíamos
"exposing every weakness" - exponfo todas as fraquezas
"however carefully hidden"  - contudo cuidadosamente escondidas
"by the kids" . pelos miúdos.

[Note-se que ainda que em termos de força o resultado seja de um maior poder dos professores sobre os alunos, há um reconhecimento que estes tentavam enganar os professores, ao esconderem as fraquezas do seu trabalho. O aproveitamento da fraqueza do ensino e da tirania de alguns professores insistimos acabou por resultar em generalização]



"But in the town it was well known" - Mas na cidade era bem sabido
"that when they got home at night" - que quando regressassem a casa à noite
"their fat and psychopatic wives" - as suas gordas e psicóticas mulheres

[aqui descobrimos que os professores são do sexo masculino, mas a continuação do texto revela desta vez má fé ao incluir no processo de humilhação -- quiçá vingança -- dos professores as suas próprias esposas. Gordas e psicopatas convenhamos que são maus atributos estando juntos, uma vez que uma pessoas gorda pode ser de excelente carácter]

"would trash them" - colocando-os no lixo (no sentido de os humilhar)
"with inches of their lives" - com polegadas (medida de comprimento inglesa, cerca de 2,5 cn) da suas vidas

[Há aqui já uma humilhação - ou vingança - conseguida, uma vez que nestes últimos versos descrevem uma relação desestruturada entre o professor e a esposa, e as suas próprias vidas seriam lixo)


Segue-se a parte mais conhecida da canção

"We don't need no education" - Não precisamos de educação
[mais à frente este verso é repetido por um coro de crianças. è surpreendente em retrospectiva como é que esta canção não foi mais polémica. Ou seja crianças a partir da idade escolar até à adolescência de várias gerações conhecem este refrão. Os resultados não se deveriam fazer esperar. O leitor concorda?)

"we don't need no thought control" - não precisamos de controle de pensamento

[aqui também estou de acordo. E esta é a genialidade da estratégia do marxismo cultural. Para que uma ideia de engenharia social, manipuladora passe, é necessário colocar próximo uma outra ideia com a qual toda a gente concorde. Nesse aspecto parabéns aos Pink Floyd. Conseguiram veicular a sua humilhação aos professores]


"No dark sarcasm in the classroom" - Não há sarcasmo negro na sala de aula

[aqui é difícil perceber o significado, uma vez que era suposto que o sarcasmo era apenas proveniente dos professores e não dos alunos]

Hey! teachers leave them kids alone - Eh! professores deixem as crianças sós (no sentido de "em paz")

Mais tarde quando o coro de crianças entra dirão:
"Hey teachers leave us kids alone"
Eh! professores deixem-nos a nós crianças a sós.

"All in all you're just" - Contudo és [o aluno] apenas
"another brick in the wall" . mais um tijolo no muro.

[o aluno é agora aqui desvalorizado pois da sua relação com os professores acaba por ser uma pequena peça num conjunto maior que seria o sistema de ensino]


Por outro lado, aquando da intervenção do coro das crianças quando cantam
"All in all you're just another brick in the wall"
Contudo tu és apenas mais um tijolo no muro)

e referindo-se aos professores pode ficar no ar um dos seguintes significados:
O professor pode não ter culpa da qualidade do ensino pois é apenas uma pequena peça num sistema maior, ou exactamente o contrário, apesar de ser apenas uma peça, ele faz parte de um sistema maior no qual se deleita das suas acções. Parece óbvio que este último significado é o que resulta do conjunto dos versos.


Mas a humilhação dos professores não pára aqui.
No final do tema, e ainda que tenha decerto passado ao lado dos alunos em países não anglo-saxónicos, o mesmo não se terá passado nesses países.

em voz rouca e rabugenta são emitidas frases dos professores aos alunos:
"Wrong! guess again! "- Errado tenta de novo
"If you can't eat yer mest" - Se não comeres a tua carne
"you can't have any pudding" - Não podes ter pudim
"How can you eat any pudding" - Como podes ter pudim
"if you don't eat yer meat?"- se não comes a tua carne?


"You! yes you!" - Tu! sim tu!
"Behind the bikesheds" - Atrás da garagem de bicicletes
"stand still laddie" - fica parado rapaz






Notas finais:

Os estudantes da Nova Ordem Mundial compreendem facilmente a abordagem deste artigo. Para os que têm dúvidas recomendo o estudo do documentário: " A indústria da música exposta".
E as seguintes considerações:
Estes temas foram escutados por centenas de milhões de jovens-- agora após quase 40 anos mais de um bilião, uma vez que são temas de grandes intervenientes na música pop/rock.
Cada um desses jovens escutou o tem milhares de vezes.
Acham que daí não há consequências para a formação de valores, atitudes e crenças desses jovens que muitos deles são agora adultos?

E o movimento Punk que se seguiu, claramente originadoo pela mão das elites, levou este processo ainda mais longe?
O leitor que retire as suas próprias conclusões.

Para já ignoramos se os temas foram propostos aos artistas por instâncias superiores da indústria discográfica- não nos surpreenderia- ou se resultou da sua irreverência, que afinal muito se enquadrava com os espírito de rebelião da época. Aliás comandado pelos engenheiros sociais do costume: Instituto Tavistock, Rand Corporation, CIA e toda a indústria de Holywood  Disney, banda desenhada, TV. . . . 



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