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sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Crenças, Estado, Religião, Propaganda, Ensino, Media e Arte




As elites sempre desejaram controlar o povo, pois este produzia riqueza que aquelas extorquiam. Se a escravatura – outrora usada- já não é aceite na maior parte dos paises ditos civilizados, então como manter as pessoas subjugadas?
Doutrinando-as desde muito jovens. Criando-lhes crenças e valores baseados nas mesmas: o patriotismo, a religião, a raça etc. . . Mas para manter essas crenças sólidas e perpetuà-las convenientemente têm de usar propaganda. As mais eficazes foram/são a escola e a religião. Se aquela continua cada vez mais eficaz, a religião com a sua perca de poder e prestígio está a ceder a sua posição actualmente aos media – actualmente os main stream media- que não são apanágio exclusivo da TV ou dos jornais. Eles já penetraram na net.
Mas o que me entristece constatar é que intelectuais e artistas pactuaram frequentemnete com esta propaganda ao longo dos tempos. Criando livros, imagens, música, poemas, edifícios, filmes, peças de Teatro. A partir do sec XX adicione-se também eventos desportivos.

Tudo isto deve fazer-nos parar para pensar.

A revolução espero acontecerá. Mais cedo que mas tarde.
Então devemos repensar tudo isto.
Uma reforma importante nas escolas – para além do estado se demitir da sua opressão omnipresente-- é a de ensinar às crianças uma disciplina chamada “Crenças”. Na qual se abordará o mecanismo biológico e adaptativo das mesmas, o seu papel na história da conservação do poder, e o seu poder destrutivo.
Uma outra disciplina TALVEZ útil seria a de “Cepticismo”.

1 comentário:

  1. Olá Pedro,

    De facto é verdade que somos domados e privados da nossa liberdade através da educação de que vamos sendo alvo e da informação esclusiva que colocam ao nosso dispor.

    Somos formatados desde a tenra infância para correspondermos exactamente ao que querem de nós. Concordo contigo que a crença é destruidora, castradora e manipuladora criando amarras e incapacidade cognitiva para uma autonomia reflexiva.

    Até a questão de género é ficticia. Somos formatados desde pequeninos para o papel de rapaz ou de rapariga limitando-nos as actividades, os gostos, o modo de vestir, andar, pensar. Enchem-nos a cabeça com discriminações raciais, homofobias e crenças religiosas. Tornam-nos estúpidos porque quanto mais estúpidos e mais manipuláveis mais vulneráveis somos.

    E infelizmente têm tido sucesso. É necessário um movimento de consciencialização crescente que se faz, a meu ver, muito através da cultura.

    sabias que a maior parte da população não assiste a nenhum evento cultural? Vi um relatório de uma investigação nacional sobre o visionamento de eventos ao vivo entendendo-se por eventos ao vivo desde a festinha da terriola, passando por uma ida ao cinema, a um museu, a um concerto...Pois bem, o relatório dava conta de um Portugal em branco. Só existiam dados significativos em Lisboa, Porto, Faro e em Seia pelo museu do pão. Mesmo nestas zonas mais populosas era desastroso, no restante país, um deserto...
    Temos de perceber que uma população que não está habituada a assistir a nada, não se confronta com situações novas que a façam reflectir, que a ensinem a estabelecer comparações, analogias, a perceber o mundo que a rodeia. É uma população que não reflecte e não reflectindo é vulnerável.

    É importante reformar o ensino, de acordo, mas é necessário reformar igualmente o país. precisamos de mais espirito critico, de maiores capacidades de reflecção, de crianção, de experimentação. Um ensino baseado na repetição e na memorização sem interiorização e compreensão forma "burros carregados de livros" e não homens e mulheres capazes de se consciencializarem das coisas, lutarem pelos seus direitos, serem criativos e reinvidicativos.
    Ser papagaio na escola e cumprir ordens enquanto adultos, alheados a tudo, sem juizo critico...é isto que temos.

    É necessária uma revolução intelectual, sem dúvida!
    Nádia Cantanhede

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